Escrito por : Antonio Auriemo
As Guerras do Ópio
Com o fim de Napoleão, o oriente, mais precisamente China despertou o interesse do império britânico, que era a maior potência da época. O Reino Unido já importava produtos chineses, como porcelana, seda e chá, desde o século XVIII. Contudo os orientais não tinham o mesmo interesse pelos produtos da Europa, e isso causava um déficit. A índia era uma colônia britânica e la tinha ópio em abundância. Então o Reino Unido passou a vender a droga para a China. No ano de 1839 os britânicos venderam 450 toneladas de ópio. Com o comércio e o número de viciados aumentando a população chinesa passou a ficar dependente da droga, ela prejudicava seriamente a estabilidade financeira e social do país. Consequentemente o governo chinês decide proibir o comércio e uso do ópio. Com a proibição do comércio e uso do ópio, o Reino Unido decide recorrer ao contrabando, deixando ainda mais pessoas viciadas.
Apesar do clima tenso só houve uma guerra de fato, depois que alguns marinheiros britânicos bêbados mataram um homem e governo chinês em resposta ordenou que soldados queimassem mais de 40.000 baús de ópio que estavam em um depósito britânico. Assim em 1839 o Reino Unido declara guerra a China. Em julho de 1840 navios britânicos destruíram um bloqueio feito por navios chineses que estavam ali para barrar vendedores de ópio. As forças britânicas tomaram as cidades de Hong Kong e Cantão. Embora a China tenha dado contra ataques surpresas, no começo, ela não resistiu por muito tempo, e a guerra acabou quando a cidade de Nanjing foi capturada em 1842. No mesmo ano os chineses foram forçados a assinarem o Tratado de Nanjing. O Tratado de Nanjing obrigava a China a pagar uma indenização e ceder a ilha de Hong Kong aos britânicos. Ela também teria que abrir 4 novos portos (já que só um era aberto), como Shangai, exclusivo ao Reino Unido, e garantir a eles o direito do comércio do ópio. Essa foi a chamada Primeira Guerra do Ópio.
Apesar do Tratado de Nanjing, o império britânico se encontrava insatisfeito com a evolução do comércio de ópio, já que não estava progredindo tão rapidamente quanto as expectativas. Desta forma eles estavam sempre buscando uma razão para mudar o aspectos do tratado. E foi em 1856 que a China acabou dando uma razão para que isso acontecesse, quando oficiais chinês abordaram um navio britânico chamado Arrow. O Reino Unido formou uma base aliada com a França e um mês depois, um navio de guerra britânico invadiu e bombardeou a cidade de Cantão e logo após Tianjin, de novo a China saiu perdendo. Com isso, foi criado o Tratado de Tianjin, que faria a China abrir 11 novos portos ao comércio estrangeiro e mais importante permitiria a importação do ópio. Quando o imperador se recusou a assinar, a cidade de Pequim foi ocupada e após a chamada Convenção de Pequim, o tratado de Tianjin foi aceito.
Otimo texto Antonio !!!!!
Preciso te dizer que eu não sabia quase nada desse assunto
Adorei aprender !
Obrigada por compartilhar seus conhecimentos
Antonio
Parabens! Muito bem escrito este episódio da história mundial ,da qual ,pouco ou nada, eu me lembrava…adorei!
Adorei o texto. Impressionante como a Inglaterra era poderosa.
Oi Antônio!! Adorei o seu relato! Não sabia quase nada sobre esse assunto da história!! Muito clara a forma como vicê conta e o tamanho do texto também é bem legal!!
Vou dormir com um pouco mais de conhecimento!! Obrigada! Parabéns!! Beijo
Antonio
Não conhecia seu blog!
É uma maravilha degustar a história através do seu relato.
É muito gostoso e até viciante. Dá vontade de seguir como se fossem episódios de uma série!!!
Siga em frente!!
Beijos
Julio
Interessante, bem escrito , elucidativo. Parabens Antonio . Continue a nos informar com esses assuntos tão importantes para a historia .